Froelichiella grisea R.E.Fr.

Informações da avaliação de risco de extinção

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Informações sobre a espécie

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Notas Taxonômicas

O gênero Froelichiella é monoespecífico, com apenas F. grisea representando-o (Marchioretto et al., 2005). Foi estabelecido em 1920 por R.E. Fries (Arkiv Bot. 16(13): 3. 1920. A espécie possui folhas opostas, raramente condensadas na base dos ramos, cartáceas (Marchioretto et al., 2002), além de possuir folhas com superfície plana e tricomas unisseriados longos, marcadamente na face abaxial (Fank-de-Carvalho et al., 2010). Difere das demais espécies de Froelichia pelos segmentos do perianto serem livres aproximadamente na base, um estigma multilobado e mais um pólen do tipo Gomphrena (Marchioretto et al., 2002).

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente no Estado de Goiás (Marchioretto et al., 2012). Seus registros indicam que a espécie representa um endemismo restrito aos campos rupestres da Chapada dos Veadeiros, no município de Alto Paraíso (Marchioretto et al., 2002; 2005; Frank-de-Carvalho et al., 2010). Foi registrada na RPPN Cara Preta a cerca de 1500 m de altitude (Frank-de-Carvalho et al., 2010), com registros feitos a partir de 1100 m (Marchioretto et al., 2002). A espécie foi considerada "Rara" por Senna; Siqueira (2009), de acordo com os critérios de raridade adotados por Giulietti et al. (2009).

Ecologia

Planta ereta, herbácea, perene (Marchioretto et al., 2002; 2005; Frank-de-Carvalho et al., 2010) heliófila (Biodiversitas, 2005), ocorrendo como terrícola ou rupícola em Campos Rupestres (Marchioretto et al., 2002; 2005) e Cerrados de altitude (Frank-de-Carvalho et al., 2010) no domínio fitogeográfico Cerrado (Marchioretto et al., 2012). Floresce e frutifica entre setembro e novembro (Marchioretto et al., 2005). Frank-de-Carvalho et al. (2010) indicam o comportamento pirofítico da espécie, já que ela só foi encontrada fértil após cerca de 25 dias de incidência de fogo na área (RPPN Cara Preta, GO).

Ameaças

1.7 Fire
Severidade high
Detalhes Além da ação do gado, esta área é constantemente atingida por queimadas e, embora possa ocorrer naturalmente uma vez por ano, na maioria das vezes é produzida pelos fazendeiros para estimular o rebrotamento da vegetação herbácea. Estas práticas alteram a diversidade e a riqueza da flora, de modo que somente as espécies com adaptações que as tornam resistentes ao fogo são capazes de sobreviver (Marchioretto et al., 2005).

1.1.4 Livestock
Severidade high
Detalhes A pecuária e ações voltadas a seu desenvolvimento são ameaças evidentes nos Campos sulinos (Marchioretto et al., 2005).

10.1 Recreation/tourism
Severidade medium
Detalhes A região tem sofrido bastante devido ao ecoturismo não planejado, que tem provocado destruição de muitas populações de diferentes espécies, principalmente de Froelichiella (Marchioretto et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008 (MMA 2008).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre exclusivamente na região do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) e adjacências, como a RPPN Cara Preta (Marchioretto et al., 2002; 2005; Frank-de-Carvalho et al., 2010).

3.8 Conservation measures
Situação: on going
Observações: Foi considerada como "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida para o gênero por Marchioretto et al. (2005), já que espécie não se enquadra nas categorias "Criticamente em perigo" (CR) ou "Em perigo" (EN), mas corre alto risco de extinção na natureza a médio prazo.